sexta-feira, 10 de agosto de 2007

É preciso saber...




Cada vez mais tenho absoluta certeza de uma coisa: a aprendizagem é eterna. Desde o nascimento até a morte, que constitui todo o nosso tempo útil, estamos aprendendo. E percebo que com todas as mudanças que constantemente acontecem no processo educacional aprender está cada vez mais complexo.

Meu pai sempre me cobrava muito boas notas enquanto eu estava no primeiro grau, e eu, sempre muito perfeccionista, me esforçava muito para conseguir me destacar na classe. Passava madrugadas estudando e lendo mesmo que não fosse fazer prova, pois gostava de dar pitaco em todas as aulas. E quando acontecia de eu tirar um nota não tão boa eu me queixava e ele sempre replicava dizendo que eu só tinha que estudar enquanto ele na minha idade de então já trabalhava o dia inteiro e estudava a noite e nunca reclamava da escola. Eu ainda lembro que a justificativa que dava pra ele era: mas pai você nunca precisou estudar genética, quando você estudava ainda não tinham nem descoberto o DNA.

Agora eu fico imaginando que minha filha vai ter que aprender sobre GENOMA HUMANO e CLONAGEM, coisas que eu nem imaginava que seriam reais. Percebo que ela hoje tem palavras em seu vocabulário de 3 anos que nunca chegaram perto das minhas próprias palavras. Ela já pede pra falar no CELULAR e assistir DVD!

Diante de tudo isso como não promover uma integração íntima entre a educação e todos os processos tecnológicos que tão brilhantemente eliminam fronteiras e se atemporaliza?

Quando nos deparamos com a quantidade infinita de informações que são geradas e compartilhadas diariamente em todo o mundo como não pensar em incluir o acesso à elas através das máquinas e redes e tudo o que vem atrelado à isso?

A evolução educacional é constante. Meu pai apanhava de palmatória da professora, que usava quadro negro e giz para dar aulas e os alunos copiavam tudo o que se escrevia. Eu já fui instruída por livros e módulos e tive professoras que dinamizavam o ensino. Hoje as escolas já dispõem de computadores e acervos digitais que colocam o aluno com a informação em tempo real.

O que virá depois? Quem sabe? Mas que venha sempre na intenção de que a educação se transforme e possibilte a inclusão de quem aprende num mundo dinâmico e atual, que venham sempre trazendo boas e proveitosas informações.

Quem sabe se meus netos não poderão estudar inglês com um professor americano através de uma webcam?