quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Silêncio e luz...


Um bom amigo escreveu esse texto lindo e me permitiu que eu publicasse.
Ele, como todos os bons amigos, tem uma sintonia especial de me mandar textos belíssimos exatamente com o que eu preciso ouvir, e essa veio como uma lição.




“Se te pareço ausente, não creias: Hora a hora o meu amor agarra-se aos teus braços, hora a hora o meu desejo revolve estes escombros e escorrem dos meus olhos mais promessas... Não acredites neste breve sono; Não dês valor maior ao meu silêncio; E se leres recados numa folha branca, não creias também: É preciso encostar teus lábios em meus lábios para ouvir... Nem acredites se pensas que te falo: Palavras são o meu jeito mais secreto de calar".

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

(Re) Nascimento...


... E de um galho, de uma árvore, que durante os meses do inverno parecia morta, de repente surge uma pequena, mas vivamente pulsante folha verde. É incrível a capacidade de tudo o que vive de resurgir lindamente após momentos de "quase morte". Plantas, animais e principalmente seres humanos, com sua vasta percepção de sentimentos. Em muitos momentos da vida nos deparamos com situações em que pensamos: "É o fim! Depois daqui nada mais resta!" Na maioria das vezes essa sensação vem acompanhada de processos dolorosos muito intensos. Sofrimentos que deixam marcas profundas e danos gigantescos. Situações em que pensamos: nunca mais vou conseguir sorrir, ou, nunca mais vou conseguir chorar, ou ainda, a partir de agora não mais conseguirei amar nem me apegar a nada mais. Nos vemos como a árvore sofrendo as intempéries do inverno, numa noite infinita e fria, com galhos cobertos e pesados de neve, com frio, solitários e sem vida... Parece que fomos muito além do fundo do poço. Ultrapassamos o limite do nosso maior sofrimento e estamos algemados à essa situação penosa. Mas até para a árvore o inverno passa e a primavera chega sem aviso prévio. E onde achávamos não haver vida, ela surge vibrante e colorida... Conosco não é diferente! inesperadamente o nosso inverno se finda com a chegada de uma primavera florida e perfumada. E o sorriso retorna aos nossos lábios, as lágrimas tênues chegam aos nossos olhos e a casca de gelo que cobre nossos corações derrete e nos vemos envolvidos em situações apaixonantes, nos propomos a amar e nos apegar de novo. Duvidamos que em tão pouco tempo estejamos tão cobertos de flores, tão felizes e tão bem dispostos. Duvidamos que antes estivemos tão opacos, tão tristes, tão inertes... Invariavelmente nos perguntamos: "Esse sou eu mesmo? É possível que onde antes havia tanta dor haja tanta alegria?" Esquecemos que, apesar de parecer morta no inverno, na árvore há sempre vida latente à espera da chegada da primavera!! Invernos sempre virão, mas talvez os próximos não venham tão fortes a ponto de nos aparentar sem vida e talvez tenhamos ganhado força para permitir que haja sempre um pouco de ar primaveril ao nosso redor, mesmo no dia mais frio e cinza de inverno...

domingo, 27 de janeiro de 2008

Saudade...


Um dia a maioria de nós irá se separar.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que
fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano. Enfim... do companheirismo vivido.

Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento,
segue a sua vida. Talvez continuemos a nos encontrar. Quem sabe, nos e-mails trocados...

Podemos nos telefonar, conversar algumas bobagens...
Passarão dias, meses, anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro.
Vamos nos perder no tempo

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão:
Quem são aquelas pessoas?

Diremos que eram nossos amigos.E isso vai doer tanto...

A saudade vai apertar bem dentro do peito.

Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...

Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo.

E entre lágrimas nos abraçaremos.
Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida isolada do passado.
E nos perderemos no tempo mais uma vez.

INDEPENDÊNCIA...


Tem uma série de coisas que a gente deseja na vida: uma profissão que nos realize, uma intensa vida afetiva, viagens, amigos, descobertas...
Mas, se eu tivesse que resumir em uma palavra o que considero a mais importante conquista, esta palavra seria: INDEPENDÊNCIA.
No dia 07 de setembro comemora-se a independência do Brasil, no entanto, prefiro comemorar a minha, a sua, a nossa...
Não há quem não sonhe em trablhar por conta própria, ser patrão de si mesmo.
O que conseguem não trocam por nada. Como conseguir isso?
Dominando um ofício, indo além do que os outros aprenderam, fazendo as coisas do seu próprio jeito, arriscando mais...
Parece difícil...??? e é...
E mais difícil ainda é ser independente no amor...
Paixão não entra nessa conversa. Quando estamos apaixonados somos todos dependentes de telefonemas, de e-mails, de declarações, de cobranças, de presença constante...
Já o amor, que é um estágio posterior, mais seguro e sereno que a paixão, permite o desenvolvimento da independência.
Você não precisa estar em todos os lugares que o seu amor está, você não precisa concordar com tudo o que ele pensa, você não precisa abdicar de seus projetos, você se sustenta, você conta, você existe!!!!
Tem gente que abre mão disso por puro comodismo. Prefere ser uma sombra, um sparing. Defende-se dizendo que não tem outro jeito.
Mentira!! É uma escolha!!!
Ir sozinho ao cinema, viajar, pagar suas dívidas, dirigir, não se afligir tanto com a opinião alheia, saber cozinhar pra si mesmo, entreter-se com hábitos solitários como a leitura, pegar um táxi, resolver os próprios problemas, tomar decisões com confiança...
Não "precisar" dos outros, e sim "contar" com os outros para aquilo em que eles são insubstituíveis: companhia, sexo, risadas, amizade, conforto...
Se você ainda não atingiu esse estágio, suba num cavalo imaginário e dê seu grito do Ipiranga.
Ficar amarrado à vida alheia faz você viver menos a sua...
Nada de fazer-se de desentendido, pois, você já viveu parte da sua vida fingindo que é feliz dessa forma só para não se incomodar.
Incomode-se!!!!
Arrisque mais!!!
As pessoas mais felizes não têm o melhor de tudo, simplesmente desfrutam ao máximo de tudo o que está em seu caminho... Tudo na vida é um risco!!!
DEPENDÊNCIA É MORTE!!!!!

Digo que não vou chorar...


Digo que não vou chorar, mas choro!!
Choro, quando meu limite de sentir dor extravasa...
Quando minha capacidade de suportar vai além das minhas forças...
Quando a garganta se sufoca com gritos e se fecha com muitos nós...
Digo que não vou chorar, mas choro!!
Porque sou impotente perante as dores do mundo. Porque não consigo o ruim melhorar...
Choro... para aliviar meu peito... para nos outros acreditar!!
Choro, porque às vezes me entrego, e perco a garra para lutar!!
Choro... pelas saudades que não consigo matar...
Choro... porque não me entendem e não me deixam explicar...
Digo que não vou chorar, mas choro!!
Pelas injustiças que vejo, pelas dores de todos os peitos...
Pela fome, pelas guerras, pelas doenças de nossa terra...
Digo então que não vou chorar, mas choro!!
Por não concordar, não aceitar, não me conformar...
Que algumas pessoas preferem se odiar a se amar...
E numa prece silenciosa peço forças para seguir amando, compreendendo, respeitando, vivendo!!!
Mesmo sabendo que sempre haverão momentos e razões onde eu digo que não vou chorar, mas choro!!!