quarta-feira, 25 de julho de 2007

Inclusão digital!!!


Já há algum tempo inclusão digital virou moda na dita sociedade da informação. Todos os dias somos apresentados a algum novo projeto que tem a inclusão digital como principal determinante.

Como já havia dito anteriormente o mundo e as sociedades estão em constante transformação e existe a necessidade de que os indivíduos acompanhem de perto essas mudanças e até façam parte delas.

As informações que circulam no ciberespaço e nos possibilitam excluir as fronteiras geográficas seriam inúteis se não pudessem atingir o maior número possível de pessoas, afinal o conhecimento precisa de um destino.

Durante muito tempo eu associei o termo inclusão digital à posse de um computador, erradamente é claro! Então estudando o assunto me deparei com as sábias palavras da professora Elizabeth Rondelli, que tão brilhantemente definiu inclusão digital. " Inclusão digital é, dentre outras coisas, alfabetização digital. Ou seja, é a aprendizagem necessária ao indivíduo para circular e interagir no mundo das mídias digitais como consumidor e como produtor de seus conteúdos e processos."

Para que isto ocorra é claro que a população precisa ter máquinas disponíveis. E mais que isso, máquinas conectadas com a rede mundial de computadores, a internet, para que haja possibilidade de utilizar e difundir todo o conhecimento que se deseje consumir e produzir e capacidade de manusear essas máquinas e tirar delas o maior proveito possível.

E de novo a professora Elizabeth diz: "Dizer que inclusão digital é somente oferecer computadores seria análogo a afirmar que as salas de aula, cadeiras e quadro negro garantiriam a escolarização e o aprendizado dos alunos. Sem a inteligência profissional dos professores e sem a sabedoria de uma instituição escolar que estabelecessem diretrizes de conhecimento e trabalho nestes espaços, as salas seriam inúteis. Portanto, a oferta de computadores conectados em rede é o primeiro passo, mas não é o suficiente para se realizar a pretensa inclusão digital."

As propostas de implantação de telecentros é bastante louvável, mas antes de implantá-los é necessário que o indivíduo esteja habituado a lidar com o computador, que conheça as funções que ele é capaz de desempenhar e, principalmente, que seja capaz de extrair da máquina informações úteis para enriquecer e promover conhecimento.

Colocar à disposição das pessoas todas as inovações da cibernética, permitir que elas façam parte da cibercultura e encontrar meios de favorecer a educação através da inclusão digital deve ser o principal propósito daqueles que se dispõem a realizá-la, e não apenas oferecer aulas de informática nas escolas. Certamente que os alunos se interessariam muito mais em realizar pesquisas utilizando a internet do que apenas aprender a digitar textos ou fazer tabelas.

Ironicamente eu, que me considerava incluída digitalmente no momento em que adquiri uma boa máquina para me ajudar na elaboração das minhas aulas, percebi que era uma analfabeta digital durante o último módulo do curso do mestrado.

Hoje me considero cursando a turma da alfabetização digital! E fico muito feliz por ter despertado em mim uma vontade imensa de descobrir cada vez mais as fascinantes coisas que a escola virtual disponibiliza aos seus "alunos".

Preparem-se para receber o convite da minha formatura do be-á-bá!!!!

4 comentários:

AMANDA disse...

Muito bom Sheila!!! Acredito, como vc, que ainclusão digitalenvolve muito mais do que permitir o acesso a maquina, embora tenhamos q considerar q esse eh um grande salto. Não sei nem se cabe tratar de inclusão, depois q li o texto de Bonilla, maso q sei, de fato, é q as coisas estão sendo feitas de maneira equivocadas, tornando um processo rico e dinamico em enfadonho e sem sentido.

AMANDA disse...

ô Sheilinha, foi vc que deu uma passadinha e comentou meu blog? esta sem nome... mas só vc comenta!kkkkk bjocas
saudades

Rita Dultra disse...

Sheiloca,

Cara amiga, estamos na mesma turma - alfabetização em tecnologia!
Bom é constatar que nesta nossa tão rica turma ocorre como na música onde sambas, valsas, polcas, chorinhos, marchas... podem, num mesmo ambiente, serem executados num "allegro", num "moderato" ou num "adagio", mas cada um reserva suas singularidades,sua beleza e a possibilidade de contemplar prazeres diversos.
Beijos no coração,
Rita Dultra

Bonilla disse...

Olá sheila, gostei muito de tuas reflexões sobre os temas discutidos em aula. Parabéns!!! Tua capacidade de escrita também é muito boa. Percebo em vc todas as potencialidades para ser uma ótima pesquisadora. Continue com garra. Um abraço